Psicologia lembra luta antimanicomial

O curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Jaú realizou, na última sexta feira (18), intervenções alusivas à luta antimanicomial. A ação contou com a realização de três encenações sobre os tratamentos abusivos de alguns hospitais psiquiátricos - uma no saguão do bloco marfim, no corredor das salas de Psicologia, e outra no pátio do bloco azul. A atividade contou ainda com exposições sobre o tema.
Segundo a docente do curso de Psicologia e também militante da causa, Adriana Campos Meiado, desde a antiguidade a humanidade sempre teve dificuldade para entender os transtornos psiquiátricos, sendo uma luta muito grande ao longo da história para que as pessoas compreendessem o sofrimento psíquico e que não era motivo de exclusão da sociedade. “A luta antimanicomial iniciou-se em 1987 com um grupo de professores de Psicologia da Unesp de Bauru, influenciados por movimentos que se iniciaram na Europa para que o tratamento psíquico fosse humanizado e diferenciado”, diz Adriana.
“Com a crescente adesão do movimento tomando proporções nacionais, em 2001, foi aprovada a lei 10.216 que modificou toda a forma de tratamento psíquico tendo como prioridade o estabelecimento de tratamentos psicossociais e a abertura de Centro de atenção Psicosocial (Caps) junto à rede municipal de saúde”, diz. Adriana completa dizendo que, embora muito já tenha sido conquistado com a luta, é importante para que a Psicologia esteja sempre atenta ao movimento pois ainda há muito o que se conquistar quanto à humanização e das equipes que trabalham com esse tratamento.
Segundo o coordenador do curso de Psicologia das FIJ, Marcel Bertonzzin, é fundamental a conscientização dessa pauta por todos, independente da formação. “Os próprios alunos se dispuseram a trazerem e incorporarem ideias e distribuição de flyers para divulgação. Toda a organização por parte dos alunos foi um sucesso”, diz.
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